Estava aqui pensando em como o mundo está diferente. Cada dia que passa as mudanças são inúmeras e muito rápidas. Piscou, mudou. Complicou, descomplicou. Tudo evoluindo progressivamente, assim como as PGs que aprendemos nas aulas de matemática do ensino médio.
Lembro que na década de 90, quando tinha que ir a algum lugar que não conhecia o caminho, perguntava a um e a outro, parava num posto e pedia informações. Ou fazia como os homens, ficava olhando os mapas e rodando por horas até chegar ao destino. Demorava, dava umas voltinhas, me perdia e me achava, mas dava certo. Hoje é bem diferente, basta ligar o navegador, digitar o destino e o aparelhinho vai dizendo por onde vamos. Já até nos dá uma prévia de quanto tempo vai levar, qual é o melhor percurso, a velocidade permitida em cada via entre outras regalias. Quando, na minha adolescência, eu iria imaginar uma coisa dessas? E o tal dos sites de busca? Que maravilha! Eu passava horas pesquisando nas enciclopédias de papel que o moço vendeu pra minha mãe! As prateleiras verdes do quarto de Beto e Flor eram cheias delas. Claro que aqueles livros enormes, cheio de letrinhas e imagens eram ítens de primeira necessidade, afinal éramos quatro filhos em idade escolar. Isto é algo inimaginável para meus filhos. Hoje, quando o professor passa uma pesquisa de lição de casa, os estudantes só digitam a pergunta no site de busca, clicam no enter e, como num passe de mágica, as pesquisas aparecem prontinhas para darem um "copy and paste".
Como diria uma amiga, "penseeee aí" que agora o telefone cabe no bolso, anda comigo por todos os lugares, tira fotos em alta resolução, acessa a internet, filma, me guia pelas ruas, me orienta qual a melhor rota, me comunica dos meus compromissos, me acorda, toca música, televisão e sei lá mais o quê! Agora me digam, o que iria dizer minha vó Zefinha de tudo isso? Deixa pra lá, deixa pra lá. Melhor vai ser daqui a alguns dias eu ouvir a nova geração chamando de "carroça" o que estou aqui chamando de alta tecnologia.
Só sei que esses aparelhos de última linha parecem complicados para quem não entende. Mas pra quem acompanha essa PG de perto é uma mão na roda! Tive o privilégio de viver uma grande transição, digo que vivi duas eras, uma antes e outra depois da invenção e popularização da internet. E por viver um pouco no mundo de dona Zefa e um pouco no mundo do Bill e do Jobs é que fico maravilhada com o "simples" poder da tecnologia moderna.
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